Às vezes levanto de madrugada, com sede,
flocos de sonho pregados na minha roupa,
vou olhar os meninos nas suas camas.
O que nestas horas mais sei é: morre-se.
(...)
A menina que durante o dia desejou um vestido
está dormindo esquecida e isto é triste demais
porque ela falou comigo: "Acho que fica melhor com babado"
e riu meio sorriso, embaraçada por tamanha alegria.
Como é possível que a nós, mortais, se aumente o brilho nos olhos
porque o vestido é azul e tem um laço?
Eu bebo a água e é uma água amarga
e acho o sexo frágil, mesmo o sexo do homem.
Adélia P.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
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