[A Renata postou ali embaixo um poema do e.e. cummings. Como eu não estou conseguindo comentar por algum motivo (tentei os dois browsers e vários perfis), deixo como post uma tradução "didática" minha (mais uma referência do sentido que uma tradução de verdade)]
em algum lugar para onde eu não fui, felizmente além
de qualquer experiência, seus olhos guardam um silêncio:
em seu gesto mais frágil há coisas que me envolvem,
ou coisas que eu não posso tocar por estarem perto demais
seu mais leve olhar facilmente me desabrochará
apesar de eu ter me fechado como dedos,
você abre-me sempre pétala por pétala como a Primavera abre
(tocando com destreza e mistério) sua primeira rosa
ou se você desejar me fechar, eu e
minha vida vão se fechar muito lindamente, de repente,
como quando o coração desta flor imagina
a neve cuidadosa sobre tudo descendo;
nada que perceberemos neste mundo se iguala
ao poder da sua intensa fragilidade: cuja textura
me compele com a cor de seus países,
desenhando morte e eternidade a cada suspiro
(eu não sei o que é isto em você que fecha
e abre; só que alguma coisa em mim entende
que a voz dos seus olhos é mais profunda que todas as rosas)
ninguém, nem a chuva, tem mãos tão pequenas
terça-feira, 8 de setembro de 2009
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