segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Jamais plus jamais

Quando eu era garoto, acordava no meio da noite, abria a janela do quarto, ficava olhando o mar escuro de Copacabana e fazia um pedido: que nunca, ninguém que eu amasse muito, poderia me deixar.
Lembro perfeitamente de quando me sentei sozinho ao lado de Phil, naquela manhã que seria a última. Os médicos e enfermeiras entravam e saíam sem parar, mas era como se estivéssemos sós. Eu tinha vinte e seis anos, morava no Norte da França e tentava ser corajoso.
Era aquele momento na vida, no qual finalmente podemos olhar o livro das respostas. Mas não havia resposta nenhuma.


3 comentários: